segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Poemas Publicados 2016 (Número 345 - Ano III)



Foto do autor.
A Caminho
Pouco mais do que nada é o que sou,
um fraco a arrastar sua humanidade.
Nas mãos, além de calos e memórias
de ancestrais carinhos, nada mais eu trago.
Os bolsos vazios e o coração
senão pelos amores agonizantes
e a angustia de se caminhar só
sem cajados ou bússolas.
Não peço nada, já que mínimo é o que tenho.
Se meu futuro é ponte inacabada
e o presente, pó da estrada e farrapos
de andrajoso andarilho
na busca de paz e um cadinho de amor.
Não me abras portas, ao me ver passar
capaz que eu entre e queira ficar.
Capaz até que vislumbre-me feliz
como talvez nunca tenha sido,
dá-me somente água e o benefício da inocência.

Não me corrompa coração e caminhos
com a visão de alegrias
que somente os puros podem provar.

Poema publicado na revista ESCRITORES - 265 - Ano XXII - setembro e outubro/2016  - CLUBE DE ESCRITORES DE PIRACICABA (SP) - pag. 24.

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